Nunca imaginei que um dia estaria escrevendo sobre algo tão pessoal aqui, mas senti necessidade em contar o que sinto o que me faz levantar da cama nas piores crises da doença e acho que dessa maneira me tornarei mais forte para tentar me recuperar de tudo que venho passando.
Como começou ao certo não sei responder, talvez eu seja a grande culpada por ter chegado a esse ponto, sempre me achei forte, durona e com essas atitude ia escondendo minhas frustrações e dores para que ninguém percebesse o que de fato sentia, não gosto de demonstrar minhas fraquezas, acho que isso é meu maior erro, mas, durante muito tempo gritava ao mundo que era minha maior virtude, dizer que não precisava de ninguém me deixava forte. Bem, isso era o que eu pensava.
A cada vez que ficava sozinha e confesso que a pior parte dessa solidão é em meu quarto, é aqui onde estou agora que me encontro comigo mesma, a ADRIANA que ninguém conhece que só eu sei como ela é de fato, pois por me achar forte nunca permiti que ninguém a conhecesse de verdade a não seu eu mesma.
Essa ADRIANA é a menina que não cresceu, a adolescente que se manteve presa à dor da perda de um pai precocemente e é a mulher que não sabe ao certo que rumo seguir, essa ADRIANA chora de solidão, sente dor no mais profundo de sua alma, e foi essa ADRIANA que começou a me avisar que eu não poderia mais escondê-la dentro de meu quarto, e que ela iria sair mesmo eu não permitindo.
Acabei sendo dominada por sentimentos que nunca havia sentido antes, e afirmo sentimentos ruins que me machucam e me fazem perceber que não posso ser duas pessoas em uma só, esses conflitos me levaram a DEPRESSÃO, travo com ela uma luta injusta, pois ela me conhece e sabe em que pontos tocar para me fazer cair e não mais querer levantar.